Um dia desses, caminhando pela rua, encontrei uma loja muito interessante em uma galeria no centro de Curitiba. Que legal! Deve ser a primeira da cidade. Bom! Isso pouco importa. Sou artista e quando vejo uma loja cheia de latas de tinta, entro no mesmo instante. Encontrei por lá Devis, um escritor de graffiti e proprietário da loja que tem sua esposa como sócia. Achei o máximo, tem tudo para graffiteiros e pichadores.
Conversei com Devis sobre arte, música e a cultura do Hip Hop, vertente que se uniu ao graffiti quando muita gente começou a dançar break, usar calças xadrez, bonés para traz e ouvir Rap. Graças à Basquiat e, seu amigo e padrinho Warhol, a difusão do graffiti chegou às grandes galerias, mas isso é conversa para outra hora.
Começamos falando nos pichadores, fomos parar na música e nos projetos culturais. Devis fala “Gosto de me definir como um escritor de Graffiti.”
Começamos falando nos pichadores, fomos parar na música e nos projetos culturais. Devis fala “Gosto de me definir como um escritor de Graffiti.”
Sobre os projetos culturais de arte educação: ”Tem amigo que mora no Sítio Cercado que vai dar aula de graffiti em Santa Felicidade, e não ganha nada. Aí a gente é marginal! Existiam oficinas culturais, há dez anos não tem mais. Existem pessoas que no fazem particular. O pessoal aprende graffiti na rua, hip hop no tutorial mesmo!”.
Falamos do graffiti que está indo para as Universidades e de artistas como os Gêmeos “Não tenho nada contra o pessoal que faz graffiti para vender, que está fora da rua. Só acho que tem que manter seus ideais! Pinto na rua, vim da rua, sempre serei a rua. Comecei na pichação nos vandalismos, e depois, tipo assim... depois, tive outros rumos na vida. Busquei aprimorar meu estilo”
Sobre o mercado de Curitiba e em relação à arte do graffiti: ”Nunca busquei em Curitiba a venda comercial de meus trabalhos. Sou mais valorizado com meu trabalho, fora daqui. Inclusive passei um tempo no Japão, gostam do meu trabalho lá. Não sei se existe preconceito aqui em Curitiba.” Em relação ao mercado fora da cidade, pois Davis acha que Cu ritiba reprime, é um mercado fechado.. “Não gosto que me limitem, faço meu trabalho na rua, faço o que eu gosto e o que eu quero. Tem que ter liberdade de expressão. Tudo é graffiti, desde que você não venda seu “trampo”. Não pode ferir a liberdade de expressão do artista. ” Esta última frase se referindo a artistas que fazem seu graffiti visando somente a venda.
Sobre o mercado de Curitiba e em relação à arte do graffiti: ”Nunca busquei em Curitiba a venda comercial de meus trabalhos. Sou mais valorizado com meu trabalho, fora daqui. Inclusive passei um tempo no Japão, gostam do meu trabalho lá. Não sei se existe preconceito aqui em Curitiba.” Em relação ao mercado fora da cidade, pois Davis acha que Cu ritiba reprime, é um mercado fechado.. “Não gosto que me limitem, faço meu trabalho na rua, faço o que eu gosto e o que eu quero. Tem que ter liberdade de expressão. Tudo é graffiti, desde que você não venda seu “trampo”. Não pode ferir a liberdade de expressão do artista. ” Esta última frase se referindo a artistas que fazem seu graffiti visando somente a venda.
Em relação à música, Devis criou um festival de Hip hop, nesse ano de 2011: ”Esse festival aconteceu. Passamos tudo para assessoria de impressa da Fundação Cultural de Curitiba. Foi aos trancos e barrancos. Foram 338 indicados, quase 20 mil votos nas duas etapas. Prêmio para eleger os destaques da cena, em várias categorias. É difícil falar quem é o melhor, se a pessoa ta na rua dando sua cara a tapa, já é o melhor. O hip hop está entrando nas comunidades, abrindo espaços e se impondo”.
E assim terminha minha conversa com Devis, um cara que está fazendo acontecer em Curitiba. Pensando e acreditando.
Nenhum comentário:
Postar um comentário