
Xanda Lemos e Bruno Zagonel mudaram-se pra Charlotte em fevereiro de 2009, quando a crise econômica americana estava bombando. “Viemos porque o Bruno, sempre muito competente em tudo que faz, foi transferido pela empresa. De mudança, mala e cuia, vendemos tudo que não queríamos mais, jogamos muita tralha fora e partimos para uma vida nova, num outro país”.
Xanda tinha acabado de se formar em Letras na UFPR. Na procura de um curso de mestrado, encontrou a UNC. “Para minha sorte, a universidade precisava de uma professora de Português”. Ainda ganhou uma bolsa de estudos e uma vaga pra dar aula, que são as duas coisas que faz atualmente. “De roqueira do underground do sul do Brasil à pesquisadora e professora universitária no sul da Carolina do Norte, minha vida deu uma bela de uma guinada”.
Xanda tinha acabado de se formar em Letras na UFPR. Na procura de um curso de mestrado, encontrou a UNC. “Para minha sorte, a universidade precisava de uma professora de Português”. Ainda ganhou uma bolsa de estudos e uma vaga pra dar aula, que são as duas coisas que faz atualmente. “De roqueira do underground do sul do Brasil à pesquisadora e professora universitária no sul da Carolina do Norte, minha vida deu uma bela de uma guinada”.

E o que faz Xanda sentir saudades de Curitiba? ”Eu adoro um saudosismo barato! Por isso eu componho, toco, canto, é minha terapia. Do que mais sinto saudades é dos clichês e lugares comuns. Família, amigos, bandas, circuito de bares da Trajano Reis. Da diversão, da disposição física, do hedonismo descomedido no ápice. Enfim! Da vida maluca de quem sempre quis ser artista mas nunca assumiu as responsabilidades”.
Quando Xanda está na cidade gosta de ir até Piraquara (“ Hehehe... tô rindo mas é verdade”). Outros lugares preferidos são: a Trajano Reis (há anos atrás, no Homem Mosca), o apê do casal, na Francisco Torres, o Bar Palácio, o Teatro Paiol, o Torto, o Largo, a Gramofone, a Grande Garagem Que Grava, todos os bares da Ieda. E ainda: o Museu do Olho, a Rua XV, a Boca Maldita, a Pedreira. “Não só a Paulo Leminski, mas uma pedreira que tem pros lados de Santa Felicidade. Mas a Pedreira Paulo Leminski, se fosse aberta, certamente seria meu lugar preferido na cidade. Tô torcendo”.
Quer voltar, mas não sabe se ficaria pra sempre. “Porque a Curitiba que está aí agora já não é a Curitiba que costumava ser minha. É uma sensação muito esquisita de deslocamento. Eu mudei, a cidade mudou. Hoje eu vejo Curitiba de fora. Eu leio Curitiba pela internet e falo com ela pelo skype. Daqui de longe, a distância nunca se impôs entre mim e a cidade (a universidade sim, entra sempre no nosso caminho). Curitiba, me parece, vai melhor agora, sem mim. Cada dia que passa, chega daí alguma notícia cultural surpreendente! A cidade está borbulhando, infestada de som e de poesia e escritores e críticos e jornalistas e produtores e, inclusive, de vontade política - mas essa é uma tendência mundial, efeito dominó, estamos só imitando (e ainda não muito bem)” .
E finaliza: “É claro que a cidade de longe, vista de fora, vira e mexe me deixa borocoxô. Um monte de show de lançamento de disco e eu fico aqui só na vontade? Não. Jamais só na vontade. Vibro, escrevo, ajudo a divulgar, colaboro com gravação de CD, retuito as conquistas. Mas ainda acho que não atingimos nosso potencial. Podemos ter muito mais competência e profissionalismo. Precisamos ainda de mais cabeças pensantes, de ouvintes mais competentes, de leitores mais ávidos, de mais pretensões filosóficas, menos preconceitos, e principalmente, menos bairrismos bestas”.
www.pandalemon.blogspot.com
www.criaturascwb.blogspot.com
www.bandacriaturas.com
Quando Xanda está na cidade gosta de ir até Piraquara (“ Hehehe... tô rindo mas é verdade”). Outros lugares preferidos são: a Trajano Reis (há anos atrás, no Homem Mosca), o apê do casal, na Francisco Torres, o Bar Palácio, o Teatro Paiol, o Torto, o Largo, a Gramofone, a Grande Garagem Que Grava, todos os bares da Ieda. E ainda: o Museu do Olho, a Rua XV, a Boca Maldita, a Pedreira. “Não só a Paulo Leminski, mas uma pedreira que tem pros lados de Santa Felicidade. Mas a Pedreira Paulo Leminski, se fosse aberta, certamente seria meu lugar preferido na cidade. Tô torcendo”.
Quer voltar, mas não sabe se ficaria pra sempre. “Porque a Curitiba que está aí agora já não é a Curitiba que costumava ser minha. É uma sensação muito esquisita de deslocamento. Eu mudei, a cidade mudou. Hoje eu vejo Curitiba de fora. Eu leio Curitiba pela internet e falo com ela pelo skype. Daqui de longe, a distância nunca se impôs entre mim e a cidade (a universidade sim, entra sempre no nosso caminho). Curitiba, me parece, vai melhor agora, sem mim. Cada dia que passa, chega daí alguma notícia cultural surpreendente! A cidade está borbulhando, infestada de som e de poesia e escritores e críticos e jornalistas e produtores e, inclusive, de vontade política - mas essa é uma tendência mundial, efeito dominó, estamos só imitando (e ainda não muito bem)” .
E finaliza: “É claro que a cidade de longe, vista de fora, vira e mexe me deixa borocoxô. Um monte de show de lançamento de disco e eu fico aqui só na vontade? Não. Jamais só na vontade. Vibro, escrevo, ajudo a divulgar, colaboro com gravação de CD, retuito as conquistas. Mas ainda acho que não atingimos nosso potencial. Podemos ter muito mais competência e profissionalismo. Precisamos ainda de mais cabeças pensantes, de ouvintes mais competentes, de leitores mais ávidos, de mais pretensões filosóficas, menos preconceitos, e principalmente, menos bairrismos bestas”.
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